Sou chamado para ver cães que demonstram problemas comportamentais, para solucionar questões onde os proprietários não conseguem atuar e demais desequilíbrio e desarmonia entre cães e seus donos. Mas até aí, tudo está dentro de uma panorâmica, se é que posso citar assim, normal. Problemas comuns.
O grande desafio é quando os adotantes ou pessoas que ganham cães com mais tempo de vida, com experiências passadas desconhecidas e possíveis “traumas” narrados por seus detentores. Já fui criticado quanto à posição que citarei aqui. – Mas estou com um blog, perfil no FB e Tt, para expor minhas concepções e meus conhecimentos, ou seja, realmente eu pus a cara para apresentar meu trabalho. Não são criticas sem embasamento que me incentivam ou abalam e sim os resultados alcançados por meus clientes e seus cachorros.
Quando recebo um chamado nestas condições (de passado desconhecido), eu já imagino que encontrarei somente um animal. Reagindo a estímulos do novo ambiente em que se encontra independente do seu passado ou do que ele teria suportado ate chegar ao novo lar. Nada alem disso, não me preocupo se ele foi espancado, atropelado ou passou fome. Simplesmente vou começar a trabalhar a partir do momento que encontro o cão.
Parece louco, mas minha opinião e a linha de pesquisa que sigo me levam a concretizar que animais, principalmente cães, vivem o presente e pronto. Sem resquícios do passado ou imaginando o futuro. Então a definição de trauma esta ligada a algum evento do passado. E se cães vivem o presente não há porque ele está traumatizado. Assim explicarei no próximo parágrafo.
Na natureza (assim lido com meus animais e com os dos meus clientes) todo animal passa por boas e más experiências. Imaginemos se uma leoa em quanto caça leva um coice de uma zebra. Ela deixará de caçar zebras? Ou entenderá que não se passa de algo corriqueiro durante uma caça? A diferença entre um animal selvagem e um do lar. É que o que vive na “selva” não passa pela experiência de sentirem pena dele. Ou os demais leões parariam tudo que estão fazendo para atender e “choramingar” a leoa que tomou um coice.
Assim posso garantir que nós alimentamos e criamos os traumas em nossos cães. No momento da explosão de fogos nosso cão se assusta, o que seria normal. Então seu dono vai ate ele com aquele sentimento de pena e o acolhe no colo, com palavras e carinhos. No meu entender reforçou tal comportamento. Fazendo com que o cão entenda que realmente é muito ruim fogos. No dia seguinte, seu dono, sabendo que haverá novas explosões de rojões já manifesta todo aquele comportamento humano de sentir pena, de fazer carinhos e fala mansa.
Os fogos no inicio quando o assustaram, na cabeça dele surgiram do nada, efeitos da natureza, assim como raios e trovões. Mas como ele vê que seu líder, dono e detentor ficam ansioso, nervoso e agitado (liberando adrenalina e outros hormônios, normais em situações de estresse). E isso nossos cães sentem muito bem quando nosso corpo produz e libera os Feromônios carregados de tais odores. Ele adotará o comportamento adquirido e aprendido na primeira experiência que teve com os estouros. Assim seu cão aprendeu que tais eventos são maléficos a ele.
Pergunto eu, na natureza animais ficam traumatizados com trovões, com escorregões, tombos e ate mesmo agressões por parte de outros seres? Por que ficariam quando moram em nossas casas? Respondo, com autoridade de quem já resolveu casos de fobias em cães adotados depois de adultos. Eles não ficam traumatizados eles condicionam a energia liberada no ambiente por seus donos e associam aos eventos. Por isso quando um cão aprende a ter medo de fogos, ele conseqüentemente vai aprendendo a ter medo dos motores de veículos pesados, portas, ventiladores e todo e qualquer evento em que os humanos que o cercam desenvolvam o sentimento que faz com que liberem tais Feromônios e tomem certas atitudes.
Deseja resolver? Seja neutro quando seu cão se assustar, demonstrar medo ou ansiedade diante de algum acontecimento. Ou sabiamente o corrija mostrando a ele que não há necessidade de ter tal medo.
Como corrigir? Isso é um outro post.
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